terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Em nome da boa sanidade mental, optei por largar aqui um daqueles desabafos fruto da asfixiante realidade política do nosso país.

Ao contrário do que a grande maioria constata, o país está cada vez mais à direita. O serviço leal ao inexorável capitalismo por parte do governo, é tão evidente como os surpreendentes e frequentes escândalos que envolvem membros líderes do nosso país. Aliás, uma é problemática endógena à outra. Convenhamos que a pressão do Governo contra vários membros famigerados da comunicação social, não se tratou de um acto altruísta, com a intenção de proteger as boas intenções dos nossos governantes, muito até pelo contrário, para afastar a possibilidade de adquirirmos o suficiente.
É evidente que não estou a defender o deplorável jornalismo da Manuela Moura Guedes, acuso apenas a ausência do teor democrático na sua expulsão.

São já inúmeros os casos de corrupção, que envolvem membros de destaque do PS, PSD, e CDS-PP, casos que contra todas as expectativas, nada têm servido para a constatação da má política que nos governa. Por outro lado, até parece ajudar, como é exemplo o Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Santana Lopes, José Sócrates, entre muitos outros, que se viram envolvidos em casos pouco simpáticos frente a uma justiça vulnerável. Todos estes governam, ou encontram-se de boa saúde em suas casas.

É um facto que a cama está feita, a história deturpada, o povo politicamente inerte e o capitalismo no domínio. Não obstante, mantenho a minha inocência ao acreditar que bastava uma dose de consciencialização, com fortes e diáfonas lições de história política das ultimas 3 décadas no nosso país, para que muito se transformasse.
Enquanto o povo dorme e se satisfaz com as conveniências de conjuntura, Portugal está entregue à "bicharada" e a luta dificultada e, pelo que se vê, o tão esperado despertar do povo, apenas se dará com este atingir o limiar da pobreza.

Para os mais cépticos, sugiro que façam as vossas diligências, pois os indícios de ruptura são cada vez mais coesos.
A ruptura será oriunda da má gestão empresarial e governativa, que não têm proporcionado nada mais do que o benefício de uma pequena elite burguesa. Tendo como exemplo, num passado recente, os casos de quantidades abusivas de dinheiro depositadas nas contas de directores nas mesmas empresas onde centenas ou até mesmo milhares de trabalhadores eram despedidos(entre eles muitos efectivos).

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