quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Casamento de interesses dourados


Chegamos a um ponto da campanha eleitoral, na qual o voto útil transfigurou-se no target principal. Como tal esta é altura em que todos os fantasmas saem do armário e rapidamente os líderes partidários, recebem épitetos com os nomes de personalidades do século passado. Esta campanha já desceu tão baixo que até assusta, enquanto Manuela é rapidamente transformada em Salazar e Sócrates amigo dos Trotskistas e Estalinistas, o eleitor fica assustado entre os dois gigantes, com uma opção de escolha forçosamente minimizada.
Na realidade é desta forma, com propaganda suja e mentirosa que a direita vai ganhando, sim a direita, porque considero o PS praticante de políticas de direita e não da esquerda moderna.
A esquerda é facilmente avaliada com um juízo de valor anacrónico, é colada ao século passado, com a agravante de o fazerem descontextualizado.
Se a entrega discricionária de riqueza nacional comum a privados, acaba no imenso desemprego e precariedade (falo nos sectores fundamentais da economia e não todas as empresas privadas), é muito normal que se deseje a desprivatização destes sectores, embora esta ideia faça imensa comichão a muita gente. É importante entender que uma política de nacionalizações correctas, exigem a intensa participação do povo e uma mudança intensa de políticas.
Está mais do que provado que o actual regime político, engorda os ricos e pune inexoravelmente os pobres, desta forma irrita o constante apelo da direita e a governação do PS, à total independência de meia dúzia de milionários decidirem o futuro da economia nacional.

A injustiça é já tão larga a nível económico, social, cultural e logicamente político, que os governantes e a oposição da direita precisam cada vez mais da comunicação social que lhes pertence (basta ver quem são os donos), para manter o povo colado a este percurso directo ao atraso e miséria.
Nos debates que proliferam ferozmente em todos os canais de TV nacionais, contém uma posteriormente uma análise crítica, com os mesmo tempo de antena ou mais. Estas análises críticas são feitas por críticos supostamente especializados nitidamente parciais, que muito facilmente chamam aos líderes da esquerda ditadores, ou candidatos a ditadores. Se esta é a maior imparcialidade, nos critérios de deontologia jornalística nos canais portugueses, os portugueses percisam urgentemente de acordar.

Chega desta palhaçada, chega de enriquecer quem já é rico e empobrecer quem já é pobre!!!

Sem comentários: