terça-feira, 2 de junho de 2009

Distribuição de Documentos propagandísticos.


Hoje bem cedinho, por volta das 6:30h interrompi brutalmente o sonho no qual me
encontrava inteiramente, arranjei-me e mesmo antes de tomar o pequeno almoço, dirigi-me para o centro de trabalho da minha freguesia. Já no centro encontro-me com dois camaradas com o sono estampado nas suas caras e se tinham tomado o pequeno almoço, era apenas devido ao meu atraso. Estava então na hora de nos fazer à estrada e cumprir com o combinado na semana passada numa reunião da comissão. Apanhamos o autocarro e lá fomos, combatendo o desequilibro entre um corpo sedento de cama e uma vontade inabalável de contribuir para a revolução, até que por fim lá estávamos nós em frente a várias pessoas que caminhavam apressadamente, como que se quanto mais rápido caminhassem menos probabilidade havia de serem castigados pelos seus patrões intolerantes ao atraso. Rapidamente nos habituamos aquela correria infernal, colocámos em pontos estratégicos, sacamos os documentos de propaganda para o Parlamento Europeu e lá fomos entregando aqueles que por milésimos de segundos estendiam a mão. Foi então neste momento durante o meu contacto com as pessoas com a frase incontavelmente repetida: "Bom dia, não se esqueça de votar no dia 7"... e ao mesmo tempo entregava apressadamente o documento aquela mão que apenas me cedia um curtíssimo espaço de tempo, que reparei em conclusão a várias afirmações a imensa a abstenção. Para além das abstenções assumidas contamos também com um anti-comunismo tão primário, que ainda vinham a vários metros de distância e já vinham a mandar vir, num argumento rebuscado sobre Staline, Mao, etc...
Bom, após este texto talvez se fique com a ideia de que a campanha não esteja a surtir o efeito desejado... bom, não é bem assim, ao mesmo tempo em que os anti-comunista se vangloriavam de um conhecimento de história bastante atrofiado, muitos caminhavam em minha direcção e afirmavam que pela primeira vez iriam votar na Ilda Figueiredo, afirmando também que esta era a única Deputada a trabalhar no Parlamento Europeu.

3 comentários:

Op! disse...

Tenta vender Avantes na rua! Acredita isso sim não surte o efeito desejado!

josé machado disse...

Eu sei, tenho experiência em vários tipos de tarefas e todas elas são complicadas devido aos preconceitos incutidos anti-comunistas. Já estamos habituados, não é verdade???
Na verdade dá muitas vezes a ideia de que não surte o efeito desejado, mas acaba por dar sempre, o contacto pessoal é o recurso principal do partido e com ele sensibiliza-mos muita gente.

Obrigado pelo comentário.
Abraço...

Miguel Jeri disse...

É importantíssima a exposição que temos quando distribuímos. Primeiro, damos um rosto e uma cara ao Partido (ou à coligação). Depois é umea excelente altura para pessoas que até simpatizam connosco se assumirem de uma vez por todas.

Há ainda uma terceira razão, que noto quando faço distribuções em faculdades, mas que se aplica em qualquer distribuição em local com gente conhecida.

Como as pessoas que vemos todos os dias não têm "cdu" ou "simpatizante" escrito na testa, é uma oportunidade de, mediante as reacções (orais ou comportamentais) vermos quem anda mais pra cá do que pra lá ;) É engraçado ver como pessoas com quem nos damos todos os dias de forma informal se calhar até são simpatizantes da CDU e nem sabíamos. E as distribuições como que "descobrem essas pessoas", as quais poderemos abordar com mais calma, no futuro.

Depois há os anti-comunistas primários (afastam-se ou mandam vir) e aqueles que deixaram o partido há uma data de nos mas dizem "que continuam a acreditar nos ideias, blá blá blá" para terminar a dizer que por isso não votam em nós! Chatos! Perdemos uma data de tempo a ouvir a sua justificação (é quase uma catarse) que, parece, têm imensa necessidade de dizer. Por isso prefiro os primeiros - tiram-me menos tempo!

Isso de a malta começar a reconhecer o trabalho de Ilda no PE é uma excelente notícia.

Gosto do post, partilhar experiências de militância, está fixe.
Abraço