quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fala-se pelos lados do PS que a teia empresarial estava a ser remodelada mesmo antes da crise, que a crise apenas veio atrasar, tornar mais doloroso o processo, mas que se trata de uma evolução necessária, a evolução de comércio tradicional em comércio sofisticado. Numa interpretação ingénua, parece-me de maior importância mesmo para a evolução e inovação do mercado, o desenvolvimento de programas de reconstrução social, prevenir o desemprego, as reformas, a qualidade de vida em geral. Pois este é na minha opinião, um aspecto intrínseco na construção de uma sociedade justa, mas igualmente evoluída. É lógico que numa sociedade onde a mais valia, é cada vez mais desvalorizada, com ordenados que não acompanham a inflação e o poder de compra a roçar os limites do mínimo, o comércio dificilmente evoluirá sem rebentar, que é mais ou menos o que podemos ver actualmente em Portugal.
Afinal como é possível virem falar de evolução de mercado, "pintarem" uma transformação de comerciantes tradicionais em sofisticados empresários de sucesso, se nem sequer dão conta do recado no mercado que já existe?
Tal como está acontecer na Qimonda, o sector Têxtil, automóvel entre outros, o mercado português desemprega mais de 2 mil pessoas por dia, as empresas declaram falência e se não o fazem, dispensam os trabalhadores até alguém pegar na sua gestão.
Numa dose de realidade, a segurança social está quase a rebentar pelas costuras recebeu só nos últimos 2 meses 53 mil pessoas desempregadas e as alternativas são apenas 3% de ofertas de trabalhos e normalmente com condições precárias, a concorrência no mercado devido à globalização não facilita e os preços dos produtos, mesmo dos imprescindíveis, aumentam para um nível quase inacessível, a produção dos países emergentes são uma consequência brutal da globalização, mas é uma consequência quase pedida, pois o mercado caoticamente livre, permite o atropelamento que lhe sucede.

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