Será ou não importante ter uma posição sobre o que se passa?
Bom apenas me pronunciarei baseado na minha perspectiva e como tal poderei desafiar mesmo que sem intenção, a susceptibilidade de algumas pessoas e por isso peço desde já desculpa.
Ao longo de várias reflexões que tenho vindo a fazer sobre tudo o que considero errado, tal como a submissão de uns a outros devido a ganância, entre outras coisas, choca-me o facto de ouvir com demasiada frequência desabafos derrotistas, por muito que até compreenda. A desistência, a conformidade, não são a índole do povo português, embora tentem insistentemente me convencer, mas a história o comprova. Os lugares comuns com os quais se defendem os políticos, atacam ferozmente a integridade do povo português e é de facto de extrema importância a emancipação do mesmo, como um povo que se farta de ser vitimado para o benefício das oligarquias.
A América Latina é onde a esquerda reúne forças respeitáveis e existe uma razão para o ser. O povo latino-americano conheceu de perto os limites da decadência humana, em nome da exploração de mão de obra e benefícios fiscais que enriqueciam e enriquecem ainda em alguns países, os EUA e as oligarquias governadoras e empresariais. Os Governos que finalmente transitaram para uma política justa para o povo, são convenientemente caluniados, acusados de serem totalitários e ditadores, até porque não é necessário mais do que "dois dedos de testa", para concluir que as nacionalizações que estas transições comportam, são um ataque directo aos bolsos dos mafiosos, que não deixarão barato.
O nosso caso é diferente mas ao mesmo tempo semelhante, pois a dependência de fundos europeus, da produção externa a privatização doentia e a exploração atrelada, a venda do país a retalhos aos países supostamente evoluídos, a dependência popular de créditos, o desemprego, as crises e recessões, evoluem e não me parece que a nossa miséria seja muito diferente da dos outros.
A mudança é necessária, pois embora nos tentem convencer da importância dos constante sacrifícios que fazemos, que afinal o país não está assim tão mal, nós sabemos mesmo que tenhamos que fazer força para isso, que não é verdade e quanto a mim, fartei de enriquecer os outros enquanto abdico de uma vida confortável. Não se pede muito, pede-se apenas que se vote, pois a ideia que não adianta garanto-vos que não é real e que quando o fizerem, façam de consciência tranquila. Não quero convencer ninguém, apenas apelo que votem e acabem com esta palhaçada, porque o sol pode brilhar para todos nós.
domingo, 1 de março de 2009
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