Esta imagem foi composta no Photoshop com parte do boletim do sector de Empresas do PCP de Lisboa e uma imagem retirada da net.
Ontem na manifestação de Lisboa, lá estava eu entre mais de duzentas mil pessoas que protestavam contra o governo actual. Dentro de um enorme manto de bandeiras sindicais, panos rudemente ilustrados com frases de protestos pintadas a guaches e imagens alteradas do Primeiro Ministro Socrates, assisti a uma surpreendente mobilização popular, da qual se revela uma inacreditável força de emancipação. Neste protesto em massa compreendi a dimensão do descontentamento e a força popular que este origina como consequência. Compreendi também que o povo pode ser organizado entre si e desta forma criar uma força inequívoca contra a exploração, povo que ontem cumpriu humildemente o organizado pelo Sindicato que é constituído por si mesmo. Esta auto gestão é impressionante, autênticamente merecedora de reconhecimento que lhe escapa e claro merecedora da nossa atenção e contributo com a nossa participação.
Ontem cumpriu-se um enorme feito que se espera ter despertado a atenção de todos para a realidade e a urgência da situação que se vive actualmente, que nos afecta a todos directa ou indirectamente. Aquelas corajosas duzentas mil pessoas, formam um núcleo intrínseco da luta contra o neo-liberalismo governante neste país, formando a força da união, e revelando que é possível uma vida melhor.
2 comentários:
Será que vai despertar?? Num país conformado entre PSD's e PS's... ainda assim bem haja que tem iniciativa.
As mentes das pessoas num quase geral, estão já demasiadamente recalcadas com as propagandas anti-comunistas (principalmente levadas a cabo pelo PS) e ao que lhe assemelha, logo após o 25 de Abril. As pressões internacionais de ontem que se mantêm hoje com diferentes formatos, projectam a esquerda credível como anacrónica, ao ponto de se ouvir lugares comuns de fraco conteúdo da boca de dirigentes de partidos esquerdistas, pseudo-anarquistas,etc...
Não obstante as viragens surgem quando menos se espera, tal como foi constatado noutros países. O povo é naturalmente híbrico e mutável consuante as circunstâncias, desta forma mantenho-me optimista
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