terça-feira, 15 de setembro de 2009

O VOTO


É interessante analisarmos o acto de votar e a sua importância e, como tal parece-me bem fazer-mos aqui este exercício.
O voto é um direito-obrigação, representativo de uma democracia, seja esta directa ou representativa. No que concerne ou voto, como participação popular na governação do seu país, pela eleição de representantes ou participação directa, define uma democracia, estando ainda assim, sujeito ao regime em que se insere. Vejamos, o voto não garante por si só, um regime democrático, este está sujeito a numerosas variáveis de validação, para que assim o seja.
As eleições que elegeram Salazar, não representaram de forma alguma, um exercício democrático, mas por sua vez uma manobra de diversão, táctica propagandística, que garantia espaço de manobra, para garantir a este ditador poder governativo. As eleições manipuladas, têm actualmente um importante papel, na definição do Estado Novo como uma ditadura. Como tal o acto de votar, pode igualmente definir o oposto da democracia, uma potente arma de legitimação de um regime anti-democrático.
Actualmente existem organismos que previnem este tipo de manipulação, havendo hoje, diferentes métodos de manipulação eleitoral, que contornam estes organismo. A bipolarização eleitoral, é um dos mais apreciados métodos de manipulação, dos actuais representantes políticos do nosso país, bipolarização que canaliza uma grande parte dos votos, para dois partidos de governação muito semelhante. É verdade que este método pode não ser suficiente, mas se lhe acrescentar-mos a manipulação da história, propaganda enganosa, manipulação e branqueamento de informação, obstrução na educação entre outros factores, obtemos como resultado desta equação, um só regime governativo.
Este é de facto, o mais recente e sofisticado método de totalitarismo.
É com alguma evidência que a democracia directa ou pura, não convém aos Governos "totalitários",até porque a participação activa do povo, poderá representar um enorme risco para este. Por exemplo, a Irlanda é actualmente o único país resistente ao Tratado de Lisboa e esta resistência foi possível, porque o Governo Irlandês, possibilitou a participação do seu povo através de referendos. Não obstante, esta resistência revelou os mundo, a hegemonia atrelada aos Tradado da globalizante União Europeia, que por via da persistência, com a preparação de um 3º referendo, pretende quebrar a corajosa manifestação de descontentamento do povo irlandês.

O voto é para agora, o único acto que nos é possibilitado para praticar a democracia, desde que o seja feito conscientemente.
Embora nos seja negado, o acesso a informação legítima, informação actualmente mergulhada num oceano de mentiras e deturpações, temos ainda assim o direito e a obrigação, de exigir um governo alternativo ao actual que muito facilmente consideramos pejorativo. É no acto de votar, que nos é oferecida esta oportunidade e dada a importância e premência de mudança, a obrigação de votar, carreta cada vez mais o peso da responsabilidade.

NÃO FALHES NESTAS ELEIÇÕES, A MUDANÇA ESTÁ NAS TUAS MÃOS.

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