terça-feira, 29 de setembro de 2009


O Presidente da República, veio hoje a público justificar o seu silêncio sobre as importantes questões de segurança nacional, que permaneceram nas campanhas eleitorais das ultimas semanas. Justificou o seu silêncio com a suposta tentativa de se permanecer imparcial no decorrer das campanhas eleitorais. Na verdade foram muito poucos os temas de campanha, que desfrutaram do mesmo mediatismo e oportunismo partidário, que o caso das escutas, focando-se assim a atenção dos portugueses, na batalha entre o PS e o PSD.
O Presidente lançou também para o ar, a acusação de tentarem colar a sua imagem a campanha do PSD, culminando a acusação com a afirmação, de que ninguém está autorizado a se prenunciar em nome do Presidente da República.

O autismo do nosso Presidente é algo extraordinário, fazendo-nos crer que tudo fez, incluindo sujeitar-se a sacrifícios pessoais e alargar a vulnerabilidade do sistema informático da presidência, por largos meses, em nome da imparcialidade eleitoral, quando na realidade todos nos lembramos, das suas declarações sobre a saúde e o desemprego do actual Governo.

Foram vários os casos de instrumentalização que definiram esta campanha, a vergonhosa manipulação de informação que não fizeram mais do que bipolarizar as eleições, com o precioso contributo do nosso Presidente da República.
Terá declarado o Presidente algo que não pudesse declarar antes das eleições, mantendo assim o tema sujeito à manipulação eleitoral?
O silêncio sobre a vulnerabilidade do sistema informático na casa civil, é a prova de que a campanha eleitoral está primeiro do que a segurança nacional e que para os partidos dos últimos governos, tudo vale para ganharem mais eleitores.

Não devemos esquecer o trunfo que este caso significou para o PS na sua campanha, pois o silencio de Cavaco Silva foi uma desastrada tentativa de instrumentalização, oferecendo assim uma excelente oportunidade aos socialistas, de manterem Portugal no percurso de degradação económica.

Estas eleições serviram para me esclarecer, o quanto Portugal livre está cercado por políticos sem escrúpulos, que são capazes de tudo para manterem a mama.

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