quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Após longos apelos à retirada do "suposto" poder governativo dos monopólios, Portas apresenta-se como a alternativa viável à corrupção, um género de fiscalização parlamentar, para a prática de políticas económicas "sérias e justas".
Confesso que a candidatura do CDS-PP, possa até atrair os apolíticos, os menos informados, ou aqueles que muito devem à memória, e nada se lembram do Governo PSD/CDS-PP, a legislatura das mais selvagens privatizações, estagnação de ordenados públicos, inflação abusiva, valores fiscais inacessíveis, desemprego, etc, etc...
Portas sabe exactamente onde deve atacar na sua candidatura e mesmo onde dever ser brando, tendo em conta a conjuntura do país, os variadissímos casos de corrupção na Banca, a exploração abusiva em praticamente todos os sectores privados, a frase que os portugueses querem ouvir, é: ..."Nós vamos acabar com a corrupção"... e abranda nos seus típicos juízos de valor, cegamente inexoráveis, à Manuela Ferreira Leite e o seu partido, porque representam a ponte para a sua governação. (Entendo o oportunista de Portas, embora o censure.)
Na realidade Paulo Portas, assume a sua vontade de abrir totalmente as portas ao capitalismo, oferecer total autonomia aos monopólios, a questão fucral, é a fiscalização que Portas tanto promove. Seguindo a lógica e o passado, como linha condutora para um raciocínio de análise, Portas quer mesmo é ser Ministro, porque não me recordo de qualquer travão às privatizações ilegais, da exploração do capital, das condições precárias em que a maioria dos portugueses viviam e vivem, do anterior Governo PSD/CDS-PP.
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