sábado, 4 de julho de 2009

O rosto de um trabalhador.


Ser trabalhador em Portugal é cada vez mais difícil, com os salários reduzidos, a precariedade e as constantes ameaças de despedimento, já não sustentam a esperança facilmente canalizada para as demagógicas reestruturações empresariais.
A realidade laboral é de facto promiscua e o tratado da estabilidade proveniente da UE, revela-nos a enorme dependência subsidiária e principalmente o abandono da produção pública, com as privatizações abusivas de património estatal e logo com a segregação dos agricultores, pescadores e operários de vários sectores estratégicos. São concluídos acordos inverossímeis, nos quais o governo descarta a sua obrigação, permitindo a conclusão de negócios especulativos na sua maioria, sem riscos para os investidores e prejudiciais para o povo português.
A clivagem entre patrões e trabalhadores, investidores e investidos, entre exploradores e explorados, é cada vez mais acentuada na qual o desabrio daqueles que ignoram o desespero dos desempregados reflecte-se numa perpetrada posição mandatária, legitimada pelo próprio governo.
Numa análise geral mas acertiva, é o trabalhador que enriquece as oligarquias e que paga os seu erros.

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