Sons Percutidos

O direito/dever ao voto, é um meio de integração e participação do povo, no programa governativo de um país, pelo poder de decisão predeterminada, que se aplica nos regimes democráticos. Através do voto e logo a participação de cada individuo num todo, é determinada a nomeação de uma ou mais forças políticas como próximos governantes, é por isso fundamental para o cumprimento de um regime participativo.
O direito ao voto é um aspecto fundamental para que um regime de governo se considere democrático, no entanto são necessários outros valores, para que o seja. A democracia deve fundamentalmente, suprimir todas as formas de tirania, inclusive a da maioria, deve partir do igualitarismo social de oportunidades.

É sabido que existem diversas formas de democracia, nas quais se retira a democracia directa, na qual o povo tem total participação através de referendos e a representativa, na qual as decisões são tomadas por representantes do povo, elegidos por votação.

O governo português alega ser democrático, o que nos leva a pensar: Qual será a forma de democracia portuguesa?
Bom, a directa não deve ser, porque não me consigo lembrar de terem referenciado o Tratado de Lisboa, o Código de Trabalho ou o Código Penal, mas também tenho algumas dúvidas em relação à participativa, porque não me parece de todo que exista igualitarismo de oportunidades ou mesmo de participação.
Para além de ser um belo conceito, a democracia é também a máscara farsante dos governos das ultimas 3 décadas em Portugal, governos que defendem a supremacia dos grande grupos económicos, com os quais fazem parcerias, uma grande parte, com intensas consequências para o povo. Os direitos são cada vez mais reduzidos e a injusta distribuição da riqueza é cada vez mais acentuada, levando o povo a pobreza muitas vezes extrema.

A designação da democracia devia sair nos pacotes de comida, tal como Chavez faz na Venezuela com a constituição.