segunda-feira, 30 de março de 2009

Poderá ou não renascer o Fascismo opressor?

É com alguma frequência que se afirma com certezas a impossibilidade da ascensão do fascismo de opressão, tal como constatado no passado regime Salazarista, na sociedade actual . Esta é uma posição credível, para além de não ser necessário o uso da opressão fascista para explorar quando se consegue muito melhor através da “liberdade” , o fascismo directo marcou severamente as memórias dos povos.
Com a restauração do capitalismo monopolista após a revolução do 25 de Abril, percebe-se que este regime opera com relativa facilidade , com o apoio dúbio e manipulado de parte das massas, mais visível nas classes da burguesia, pequena burguesia e assalariados. Este apoio é adquirido através das politicas parlamentares, mas acima de tudo propagandísticas , conseguindo desta forma adquirir uma eficaz e estrondosa arma contra uma possível revolução popular emancipadora, instaurando ambiguidade e sectarismo entre o povo. Revela-se então uma questão interessante que penso ser pertinente questionar. Com a actual crise as políticas erráticas, antes disfarçadas de marxistas, são descaradamente reveladas como políticas de direita e lançadas a “cara” do povo . Esta situação desperta fortes indícios de insatisfação popular, retratada em várias manifestações que têm vindo a acontecer e tal como já se tem visto, o uso da opressão e claro, um maior rigor na elaboração das ofensivas contra as liberdades sobreviventes de Abril. Este “despotismo” crescente, com disfarce sufocante, poderá ou não “compreendendo e considerando a adaptação temporal”, a ascensão do fascismo anacrónico no actual Portugal???

2 comentários:

Anónimo disse...

Uns dos graves problemas que tem se verificado nos ditos países capitalistas é elevada abstenção no momento de votar. Penso que revela uma enorme insastifação com os sistemas mas também (e infelizmente) uma falta de dever cívico por parte dos cidadãos. É preciso educar estas pessoas!!!!!

josé machado disse...

Boas,
de facto a obstenção reflecte a insatisfação, mas também o desinteresse pela política, sendo este segundo aspecto preocupante.
Irónicamente o desinteresse e o incomprimento dos deveres cívicos, estão ligados à prática de má política governativa, repare-se que
as ofensivas contra o sector de educação, juntamente com a precariedade, dá-se a desinformaçãoe muitas vezes resulta em criminalidade. Desta forma venho concordar consigo, é extremamente necessário educar as pessoas, tal como têm direito, pois a exclusão social, os ataques à cultura, o mau funcionamento das escolas, não ajudam em nada.